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Embraer das Arábias: acordos de cooperação em defesa e indústria aeroespacial incluem 'carro voador'

A empresa aeroespacial brasileira Embraer assinou nesta quarta-feira (29) três acordos de cooperação com empresas do governo saudita. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após participar de mesa empresarial com autoridades e de um seminário da Embraer no país do Oriente Médio.
Sputnik
Os acordos abarcam diferentes linhas de colaboração e iniciativas conjuntas, públicas e privadas, com o objetivo de expandir investimentos e parcerias com a indústria local e incrementar exportações a partir do Brasil.
Um deles trata do EVE, o "carro voador" da Embraer, com a FlyNas, para operações de taxi aéreo naquele país. Outro memorando de entendimento é de cooperação e parcerias com o Ministério de Investimento da Arábia Saudita e a Autoridade Geral de Aviação Civil da Arábia Saudita (GACA, na sigla em inglês).
O terceiro acordo assinado foi entre a empresa de aviação brasileira Embraer e a SAMI, companhia de defesa e segurança da Arábia Saudita e subsidiária do Fundo de Investimento Público saudita.
O memorando de entendimento dá início à cooperação na indústria aeroespacial, com prioridade para defesa e segurança. Entre os futuros acordos está o de investimento nas capacidades do avião de transporte militar da Embraer KC-390 Millennium.
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A parceria prevê ainda a criação de um centro regional de MRO (sigla em inglês para manutenção, reparo e revisão) e de uma linha de montagem final para o Embraer KC-390, bem como a integração do sistema de missão no Reino da Arábia Saudita.

"É mais um passo importante nos esforços da SAMI em apoiar a Saudi Vision 2030, para fortalecer a autossuficiência do país em defesa e contribuir para alocar 50% dos gastos com defesa ao Reino da Arábia Saudita até 2030", disse o engenheiro Walid Abukhaled, CEO da SAMI.

Atividades de treinamento conjuntas também fazem parte dos memorandos, a fim de apoiar o desenvolvimento de talentos sauditas e a transferência de habilidades no setor aeroespacial.
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Lula chegou ao país ontem, quando foi recebido pelo príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.
Segundo o governo brasileiro, o investimento de US$ 10 bilhões (R$ 48,7 bilhões) que o fundo soberano saudita planeja levar adiante no Brasil também foi pauta da conversa. A expectativa é que US$ 9 bilhões (R$ 43,9 bilhões) sejam aplicados já nos próximos sete anos, em projetos que vão desde energia limpa, hidrogênio verde, defesa, ciência e tecnologia e agropecuária até aportes em infraestrutura conectados ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os dois líderes também projetaram um salto nas relações comerciais entre os países, que já somam 50 anos. Atualmente as transações comerciais entre Brasil e Arábia Saudita são de US$ 8 bilhões (R$ 39,1 bilhões), e espera-se que os negócios possam chegar à casa dos US$ 20 bilhões (R$ 97,7 bilhões) até 2030.
Após a participação nos eventos de hoje, o presidente brasileiro desembarcou no Catar para uma visita de Estado. A partir de amanhã (30), Lula participará do Fórum Econômico Brasil-Catar e de uma reunião com o emir Tamim bin Hamad al-Thani.
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