A discussão sobre a entrada da Bolívia no Mercosul teve início em 2006, durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em janeiro do ano seguinte, o bloco aceitou o pedido do país vizinho durante cúpula realizada no Rio de Janeiro (RJ). No entanto, o processo de integração levou nove anos para ser finalizado, culminando na assinatura do acordo em julho de 2015, durante governo de Dilma Rousseff (PT).
Os critérios obrigatórios para a adesão da Bolívia incluem a adoção da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), da Tarifa Externa Comum (TEC) e do Regime de Origem do Mercosul.
"Não menos importante é a abertura ou ampliação de mercado para as empresas brasileiras, com a possibilidade de uso de energia mais barata, lembrando que Brasil e Argentina já são os principais parceiros comerciais da Bolívia", afirmou relatório do senador Chico Rodrigues (PSB-RR).
Atualmente, a Bolívia é um estado associado ao Mercosul, ao lado de outros países como Chile, Peru e Colômbia. Com a aprovação do protocolo, o país poderá tornar-se membro pleno do bloco, ao lado de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O protocolo estabelece que a Bolívia deve adotar as normativas do Mercosul gradualmente, em até quatro anos a partir de sua entrada no bloco. No mesmo prazo, o país deve adotar a NCM, a TEC e o Regime de Origem do Mercosul.
Após a votação, o Senado aprovou um requerimento que cria um grupo de trabalho com cinco senadores para verificar a situação política e social da Bolívia. O senador Cid Gomes (PDT-CE), autor do requerimento, destacou a importância de acompanhar as questões democráticas no país vizinho, conforme critério estabelecido em 2015 durante o processo de aceitação no bloco.