Conforme apurou o jornal nigeriano, a partir de informações obtidas por um funcionário do Grupo Global de Apoio Cirúrgico e Médico (GSMSG, na sigla em inglês) — empresa médica sem fins lucrativos dos EUA, com colaboração com o Comitê de Chefes Médicos da OTAN —, tais práticas ocorreriam em um hospital na cidade alemã de Landstuhl, próximo à base militar de Ramstein.
O GSMSG, fundado em 2015 pelo médico norte-americano Aaron Epstein, que tem laços estreitos com o Exército estadunidense e emprega ex-militares, enviou médicos à Ucrânia na primavera de 2022.
Oficialmente, a missão tinha como objetivo fornecer atendimento cirúrgico urgente aos militares feridos e treinar em métodos de cirurgia militar em campo.
O denunciante, que também mencionou dois supervisores de alto escalão envolvidos no projeto de extração de órgãos, identificou o general-major do Exército britânico, Timothy Hodgetts, que lidera o comitê da OTAN, e Tetiana Ostashchenko, ex-comandante das forças médicas do Exército ucraniano.
Ostashchenko foi demitida por Zelensky em novembro de 2023, sob razões ainda desconhecidas.
De acordo com o cirurgião informante, os soldados ucranianos são evacuados sob o pretexto de receber atendimento médico urgente, algo dito impossível em território ucraniano. Posteriormente, esses agentes têm seus órgãos transplantados para membros da OTAN que necessitam de procedimentos.
O GSMSG começou suas atividades no Iraque, durante a guerra contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), o que levanta a possibilidade de que tais incidentes poderiam ter ocorrido também no Oriente Médio durante esse período. Até o momento, governo ucraniano e OTAN não se posicionaram sobre o tema.