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Entrada do Brasil na OPEP+ é um golpe na política dos EUA contra a aliança, diz deputado venezuelano

Logotipo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) do lado de fora da sede da organização em Viena, Áustria, 3 de março de 2022
A recente decisão do Brasil de ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) é considerada um golpe estratégico contra a política norte-americana de enfraquecimento da aliança, segundo o deputado venezuelano Willian Rodríguez, membro da coalizão de esquerda Grande Polo Patriótico (GPP).
Sputnik
Rodríguez é membro do Conselho Permanente de Energia e Petróleo da Assembleia Nacional da Venezuela.

"O fato de o Brasil decidir fazer parte da OPEP+ representa um retrocesso estratégico para os EUA, que têm mantido uma política de enfraquecimento da OPEP e, se pudessem, já a teriam destruído há muito tempo", destacou o legislador.

A participação do Brasil foi discutida durante uma reunião virtual da OPEP+ em 30 de novembro, que contou com a presença do ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira de Oliveira.
Durante a reunião, os países membros abordaram a possibilidade de cortar o fornecimento global de petróleo bruto em pelo menos um milhão de barris por dia no início do próximo ano.
O Brasil, atualmente o terceiro maior produtor de petróleo do continente, tem produção diária de 2,6 milhões de barris e cerca de 114,8 milhões de pés cúbicos de gás.
Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela, durante coletiva de imprensa após encontro com Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, em Moscou. Rússia, 1º de março de 2019
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O deputado venezuelano destacou a capacidade de produção de petróleo e gás do Brasil, assim como seu esforço contínuo para aumentar a produção.
Para ele, do ponto de vista da geopolítica energética, a entrada brasileira é vista como contribuição importante para a estabilização dos preços do petróleo bruto. O parlamentar enfatizou que a entidade tem feito esforços para se tornar um fornecedor seguro e confiável de hidrocarbonetos e energia no mundo.
A decisão brasileira representa ampliação na aliança que já inclui países como Rússia, Arábia Saudita e Venezuela.
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