O Hamas não se intimida com as ameaças de Ronen Bar, chefe do Shabak, o Serviço de Segurança Geral de Israel, de eliminar os líderes do movimento fora dos territórios palestinos, disse o porta-voz do Hamas no Líbano em declarações à Sputnik.
"Essas ameaças de perseguir os líderes do Hamas na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, na Turquia, no Catar e no Líbano não intimidarão o movimento; os israelenses já realizaram operações fora dos territórios palestinos antes e mataram vários líderes do nosso movimento", observou Walid al-Kilani, citando casos na Jordânia e no Egito, além de vários outros países árabes e europeus.
Segundo ele, com tais ações, Bar está tentando distrair a atenção do fracasso dos serviços de inteligência durante a operação Dilúvio de Al-Aqsa, algo que ele próprio admitiu.
"Se o chefe do Shabak realmente quisesse realizar essas operações, ele não teria feito tais declarações públicas, dado o fato de que a missão de liquidação fora de Israel é confiada ao Mossad, não à sua agência", opinou al-Kilani, acrescentando que "todas essas declarações parecem mais uma barganha política, tentativas de desviar a responsabilidade e elevar a moral dentro de Israel".
Walid al-Kilani caracterizou Israel como "um inimigo que não honra pactos e tratados, e não respeita as leis dos céus, considerando-se acima de tudo". Além disso, o porta-voz do Hamas sublinhou que as negociações de troca de prisioneiros "não ocorrerão sob bombas".
"Essa é nossa decisão firme", observou.
"Os mediadores fizeram o possível para estender a trégua, mas isso foi impedido pela teimosia de Israel em nos impor condições que são uma linha vermelha para o Hamas", concluiu.