A velocidade vertical nesta manhã era de 0,25 cm por hora. A mina n° 18 está localizada na região do antigo campo do Centro Sportivo Alagoano (CSA), no Mutange.
O risco de colapso da mina e iminente, segundo a Defesa Civil e o alerta é máximo:
"Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo".
Desde terça-feira (28), a mina 18 acumulou um afundamento de 1,69 metros.
No sábado (2) e na sexta-feira (1º), foram detectados dois tremores, o primeiro com magnitude de 0,39 e o segundo de 0,89, ambos a 300 metros de profundidade.
O presidente da Associação Comunitária e Beneficente dos Moradores do Bairro do Bom Parto, em Maceió (AL), Fernando Lima, disse à Sputnik Brasil que a situação é caótica na região, onde 35% da população já foi realocada e mais 15% dela está prevista para ser deslocada em breve.
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), esteve mais cedo em Brasília, quando apresentou um levantamento da situação. Segundo o prefeito, os danos causados pela mineração estão pressionando a cidade por serviços de logística, educação, saúde e mobilidade urbana.
Na semana passada, o governo federal autorizou o reconhecimento do estado de situação de emergência em Maceió pelos danos causados em razão do afundamento do solo na cidade. Com o reconhecimento federal, a prefeitura está apta a solicitar recursos para ações de assistência humanitária.
Desde 2019, cerca de 60 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas residências devido ao temor de tremores de terra que causaram rachaduras nos imóveis da região. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a exploração de 35 minas de sal-gema pela Braskem foi responsável por deixar milhares de pessoas desabrigadas e transformar bairros populosos em locais desertos.