Essa é a terceira taxa positiva consecutiva, e deixa a soma de bens e serviços do país no maior patamar da série histórica. Os dados do estudo divulgado nesta terça-feira (5) apontam que o resultado trimestral é explicado pelo avanço nos índices da indústria e de serviços (0,6% para ambos) no lado da oferta.
De janeiro a setembro, o PIB cresceu 3,2% em relação ao mesmo período de 2022. Nessa comparação, a agropecuária (18,1%), a indústria (1,2%) e os serviços (2,6%) ficaram no campo positivo.
A taxa de investimento ficou em 16,6% do PIB, representando queda frente ao mesmo período de 2022 (18,3%). Já a taxa de poupança foi de 15,7%, inferior à do terceiro trimestre do ano passado (16,3%).
O índice relativo à agropecuária recuou 3,3%. Nas atividades industriais, houve variações positivas das indústrias extrativas (0,1%) e de transformação (0,1%). As atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e as atividades de gestão de resíduos cresceram 3,6%, e a de construção recuou 3,8%.
Ainda segundo o IBGE, tiveram variações positivas as atividades financeiras, de seguros e serviços (1,3%), imobiliárias (1,3%), de informação e comunicação (1,0%), de administração, defesa, saúde e educação públicas, seguridade social (0,4%) e comércio (0,3%). As atividades de transporte, armazenagem e correio recuaram 0,9%.
A despesa de consumo das famílias subiu 1,1%, e a de consumo do governo variou 0,5%. No setor externo, enquanto as exportações de bens e serviços avançaram 3,0%, as importações de bens e serviços recuaram 2,1% em relação ao segundo trimestre de 2023.
Em comparação com o 3º trimestre de 2022
Em relação ao igual período de 2022, o PIB cresceu 2%, puxado pelo crescimento da agropecuária (8,8%), principalmente com o desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre, como milho (19,5%), cana-de-açúcar (13,1%), algodão herbáceo (12,5%) e café (6,9%).
A indústria registrou alta de 1%, e o melhor resultado veio de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos (7,3%), favorecidas pelo maior consumo de eletricidade, principalmente residencial e pelas bandeiras verdes do ano. As indústrias extrativas também cresceram, com 7,2%, por conta da alta da extração de petróleo e gás.
Já a construção recuou no período, com -4,5%. A queda se deve, de acordo com o estudo, a retrações da ocupação e produção dos insumos dessa atividade. Também houve queda das indústrias de transformação (-1,5%), influenciadas principalmente pela retração de máquinas e equipamentos, produtos químicos, indústria automotiva e metalurgia, afirma o estudo.
A despesa de consumo das famílias registrou crescimento de 3,3%, influenciada pelos auxílios governamentais de distribuição de renda e pela melhoria no mercado de trabalho. A despesa de consumo do governo cresceu 0,8% no período.
No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 10%, enquanto as importações de bens e serviços recuaram 6,1% no terceiro trimestre de 2023.
Entre as exportações, as que registraram os melhores resultados foram agropecuária, extrativa mineral, derivados do petróleo, produtos alimentícios e serviços. As maiores quedas nas importações foram em máquinas e equipamentos, produtos químicos, derivados de petróleo e produtos farmacêuticos.