As importações alemãs de gás nos primeiros nove meses de 2023 caíram para 47,9 bilhões de metros cúbicos, contra 65,9 bilhões de metros cúbicos no mesmo período do ano passado. Para efeito de comparação, o país importou até 121,7 bilhões de metros cúbicos de gás em 2021, mostraram os dados.
Ao mesmo tempo, o preço médio anual por metro cúbico de gás aumentou acentuadamente de € 0,18 (R$ 0,96) em 2021 para € 0,45 (R$ 2,39) este ano. Como resultado, a fatura de importação de gás da Alemanha se situou em € 21,3 bilhões (cerca de R$ 113,06 bilhões) entre janeiro e setembro deste ano, em comparação com € 22,2 bilhões (aproximadamente R$ 117,8 bilhões) no mesmo período de 2021, apesar da queda significativa no fornecimento.
No sábado (9), o chanceler alemão, Olaf Scholz, culpou a Rússia pelo corte do fornecimento de gasodutos à Europa e pelo consequente aumento dos preços da energia. O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, por sua vez, disse nas redes sociais que foi a Europa que rejeitou o fornecimento de gás à Rússia e acusou o líder alemão de "mentir descaradamente".
"Foi a Rússia que parou de fornecer energia à Europa, foi o presidente russo [Vladimir Putin] quem interrompeu o fornecimento de gás", disse Scholz. O alemão está mentindo descaradamente! Eles próprios rejeitaram, ferraram o seu próprio povo por causa do ódio pela Rússia, e agora estão se esquivando e mentindo!
Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a União Europeia (UE) introduziu uma série de medidas destinadas a diminuir o consumo de gás e a limitar a utilização dos recursos energéticos russos pelo bloco, incluindo um limite máximo para o preço do gás, mas evitou bloquear o fornecimento de gás de Moscou para a Europa.