Vladimir Putin, presidente da Rússia, comentou a homenagem feita a um nazista no Parlamento do Canadá.
"Isso não é uma manifestação de nazismo? Nem estou falando do que acontece na vida real lá, quando as pessoas são flagradas, mortas nas ruas. Isso foi mostrado para o mundo inteiro. Eles não são apenas idiotas, mas também são neonazistas", disse Putin em declarações na sexta-feira (8), publicadas neste domingo (10).
"Isso é simplesmente uma consciência invertida. Estão prontos para tudo, prontos para cooperar com quem for conveniente, apenas para prejudicar a Rússia. Para tudo", acrescentou ele, falando para convidados e cidadãos distinguidos com a medalha Herói da Rússia.
Durante visita do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, ao país, em 22 de setembro, o nazista ucraniano Yaroslav Hunka foi aplaudido de pé no parlamento do país inclusive pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. O episódio, que levantou críticas por todo o mundo, levou ao pedido de demissão do líder da Câmara dos Comuns, Anthony Rota.
O Ocidente está tentando esmagar a Rússia, mas nunca o conseguirá, disse Putin.
"No início, não interferimos. Achamos que a situação se acalmaria de alguma forma, mas não. Assim, tivemos que começar a ajudar as pessoas [...] Concluímos os Acordos de Minsk. Também dissemos: 'Estamos prontos para cumpri-los'. Estávamos nos esforçando para isso. De jeito nenhum."
"Dissemos isso em público novamente. Mas tanto a ex-chanceler da Alemanha [Angela Merkel] quanto o ex-presidente da França [François Hollande] disseram: 'Não pensávamos em cumpri-los, nós os assinamos apenas para preparar a Ucrânia para a ação militar'. Foi uma tentativa de fazer a Rússia recuar, de enfraquecê-la, e, por fim, esmagá-la. Eles nunca terão sucesso. Nunca", apontou.