O levantamento foi realizado na mesma semana que o Congresso dos Estados Unidos rejeitou um projeto de lei do governo que previa mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões) em ajuda financeira a Kiev e também Israel, que desde o dia 7 de outubro está em guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, onde mais de mais de 17 mil palestinos já morreram por conta dos ataques.
O texto precisava de 60 votos para ser aprovado. No entanto, o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, e o presidente da Câmara, Mike Johnson, solicitaram aos democratas que incluíssem medidas de segurança de fronteira no projeto de lei para receber o apoio republicano, o que não foi viabilizado.
"Uma nova sondagem revelou que 48% dos eleitores acreditam que os Estados Unidos gastam demais em ajuda militar e financeira para apoiar os esforços militares de Kiev", escreve o jornal.
Conforme a pesquisa, os índices de reprovação ao envio de recursos para o governo do presidente Vladimir Zelensky são ainda maiores entre os republicanos: 65% veem como excessivos os repasses ao país, envolvido em denúncias de corrupção e falta de estratégia em meio à operação especial militar russa.
Com relação a Israel, o levantamento apontou que 40% dos eleitores também consideram altos os gastos norte-americanos em assistência militar e financeira ao país.
A pesquisa foi realizada de 5 a 6 de dezembro com 1.004 eleitores registrados nos EUA. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
Gastos bilionários com a Ucrânia
O governo dos EUA confirmou que até agora gastou mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões) em ajuda à Ucrânia enquanto prossegue o seu conflito com a Rússia, informou a emissora Fox News, citando um documento do Escritório de Administração e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) da Casa Branca.
O número resulta da resposta da OMB ao pedido enviado em janeiro por um grupo de senadores republicanos, que exigiu um relatório "completo e transversal" sobre a assistência prestada a Kiev.
A planilha fornecida pelo escritório mostra que a Casa Branca alocou US$ 101,198 bilhões (R$ 500,68 bilhões) em assistência militar, econômica e humanitária. Além disso, o governo americano teria planos de gastar US$ 9,769 bilhões (R$ 48,33 bilhões) adicionais.