"O Brasil tem aspirações pacíficas, mais vinculadas ao poder brando do que ao poder bélico-militar. Dessa forma, economia, cultura e meio ambiente possuem, por exemplo, um peso majorado. Mas isso não exclui o poder militar. A paz nunca é uma dádiva, mas uma construção em permanente estágio de tensão. Logo, a cooperação bélico-militar em todos os níveis, inclusive na indústria de defesa, na pesquisa científica, na prospecção dos fundos marítimos e, mesmo, do espaço", argumenta.
Presença brasileira em missões de paz
"Operações de paz são parte do trabalho político-militar inerente a um país continental que aspira se sentar entre os grandes do mundo. Se é verdade que elas trazem riscos políticos, como os diferentes questionamentos que foram feitos ao Exército ao longo da presença no Haiti, é certo que os ganhos foram muito maiores. […] com as experiências acumuladas ao longo do século XX que o Brasil adentrou a presente centúria com participações destacadas [em outras operações]", diz.
Para além de exercícios militares conjuntos
"Vão desde troca de informações a intercâmbio de tecnologia, partilhamento de boas práticas e conversas estratégicas. É particularmente importante a criação de canais de diálogo no Poder Executivo para a troca de informações de maneira mais célere quando crises estão para ocorrer."