"Se instituído, em algum momento, [o mandato para o STF] não pode ser muito curto, não por conta do magistrado, e sim por conta da sociedade. Nós temos como princípio reitor na nossa Constituição, inclusive no caput do artigo 5º, o princípio da segurança; derivado deste, consectário lógico, a segurança jurídica. Se a composição da Suprema Corte for alterada, por exemplo, em dois anos, três anos, quatro anos, é impossível sedimentar uma jurisprudência e, portanto, não haverá segurança jurídica necessária ao funcionamento do mundo privado, dos negócios, dos agentes políticos etc. Então o eventual mandato — por isso é que eu disse que, nos pressupostos, mantenho coerência — não pode ser muito curto", argumentou.
"Ora, se você tem uma atividade empresarial qualquer destinada ao lucro, qual não é regulada? Se alguém estabelece um comércio em um shopping, tem regulação. Se alguém abre uma farmácia, tem regulação. Uma indústria também tem. Então é realmente um debate de vanguarda. E, veja, considero que é o debate jurídico mais importante do século XXI, porque nós estamos no limiar do perecimento das condições de realizar eleições com o abuso da inteligência artificial. Todas as senhoras e os senhores sabem disso. E não vai haver regras?", argumentou.