"Se você se envolver em um conflito armado, haverá consequências, haverá mortos e feridos, mas cabe ao governo, ao Estado, evitar baixas desnecessárias de guerra", disse Ritter. Aqui reside o "segredo" da abordagem russa, acrescentou ele, já que Putin "demonstrou que está sempre preparado para colocar os interesses do povo russo e dos soldados russos em primeiro lugar. Vladimir Zelensky, por outro lado, em vez de aceitar os termos generosos estabelecidos por Moscou, que poderiam ter salvado as vidas dos soldados ucranianos, cedeu à pressão exercida sobre ele pelo então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pelo secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e por outros líderes de países ocidentais, que disseram: 'Não aceitem os termos de paz' e 'continuem o conflito'".
"Zelensky não pretende servir ao povo do seu próprio país […]. Ele permitiu que a soberania da Ucrânia fosse subordinada aos interesses da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN], da União Europeia e dos EUA. O conflito não tem consideração pela Ucrânia e tem todas as considerações pelos interesses ocidentais", destacou o especialista.