Operação militar especial russa

Mídia: 'Estado de espírito sombrio paira sobre os soldados da Ucrânia'

Quase dois anos depois do início do conflito com a Rússia, o estado de espírito do soldados ucranianos é sombrio, de acordo com uma reportagem publicada nesta segunda-feira (18) pela agência de notícias Associated Press (AP).
Sputnik
O jornal ouviu analistas e soldados ao afirmar que o descontentamento entre os soldados ucranianos, "antes raro e expresso apenas em particular, agora é mais comum e visível".
A reportagem comenta que, na cidade de Kherson, os soldados questionam por que essas operações anfíbias difíceis não foram resolvidas há meses, quanto o clima era mais ameno.

"Apesar de uma contraofensiva decepcionante no verão e sinais de vacilação no apoio financeiro dos aliados, os soldados ucranianos afirmavam estar determinados a vencer. No entanto, à medida que o inverno se aproxima, há preocupações de que a Rússia esteja mais bem equipada. Alguns duvidam dos critérios adotados por seus líderes", diz a matéria.

Nos Estados Unidos, que já gastou cerca de US$ 111 bilhões (cerca de R$ 555 bilhões) de apoio militar à Ucrânia, o presidente Joe Biden solicitou financiamento adicional de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 250 bilhões), mas há resistência no Congresso.
"O desânimo entre os ucranianos é alimentado pela percepção de que não estão se saindo bem e de que a presença russa está se fortalecendo", relata o jornal.
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Ainda segundo a matéria da AP, a fadiga e a frustração no campo de batalha refletem-se na capital ucraniana, Kiev, "onde recentemente surgiram desacordos entre os líderes".

"No mês passado, o presidente Vladimir Zelensky questionou publicamente a avaliação de Valery Zaluzhny, chefe militar da Ucrânia, de que a guerra estava em um impasse. E o prefeito de Kiev, Vitaly Klitschko, criticou repetidamente Zelensky, alegando que ele tem poder demais".

O descontentamento nos corredores do poder, ressalta a reportagem, parece ter se infiltrado "até mesmo entre os soldados rasos, que cada vez mais têm dúvidas sobre a ineficácia e as decisões falhas dentro da burocracia da qual dependem para serem mantidos bem armados para lutar".
A reportagem comenta ainda que Moscou expandiu drasticamente sua indústria de defesa no último ano, fabricando veículos blindados e projéteis de artilharia a um ritmo que a Ucrânia não pode igualar.
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"Sim, estão à frente de nós em termos de fornecimento", disse uma das fontes da matéria, que atribuiu aos drones russos um alcance maior e um software mais avançado. "Permite que o drone alcance 2.000 metros, evitando os inibidores de sinais", observou, enquanto os drones ucranianos "só podem voar a 500 metros de altitude", concluiu o soldado.
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