Durante um comício em New Hampshire no último fim de semana, o favorito à indicação presidencial republicana afirmou: "Quando eles entram - acredito que o número real seja de 15, 16 milhões de pessoas — , quando isso acontece, temos muito trabalho. Estão contaminando o sangue de nosso país".
"Foi isso que fizeram, contaminam hospitais psiquiátricos e prisões ao redor do mundo. Não apenas na América do Sul, não apenas nos três ou quatro países que pensamos, mas em todo o mundo. Entram em nosso país vindo da África, da Ásia, de todas as partes do mundo", disse.
Embora Trump já tenha utilizado uma linguagem inflamada contra os imigrantes anteriormente, o fez pela primeira vez durante um comício no último domingo (17) e repetiu a afirmação em outro evento em Iowa: "Estão arruinando nosso país, e é verdade que estão destruindo o sangue de nossa nação".
As críticas têm sido intensas, com posicionamentos mais contundentes partindo dos democratas e de organizações de defesa dos direitos civis. Contudo, os comentários também geraram ressentimento entre os próprios republicanos.
A Liga de Cidadãos Latinos Americanos (Lulac), a maior associação latina de direitos civis do país, juntou-se à Liga Antidifamação (ADL) em um comunicado conjunto. Os comentários "evocam a linguagem de Adolf Hitler e do regime nazista", avaliou Domingo García, presidente nacional da Lulac. "Manipulam as emoções humanas mais baixas e sinistras para incitar o ódio e causar danos, ou algo pior, a homens, mulheres e crianças inocentes."