A rota busca melhorar a logística do escoamento do agronegócio brasileiro rumo ao oceano Pacífico, segundo o ministério, além de aumentar a conectividade entre os países da América do Sul.
Com investimento de R$ 472 milhões, a obra do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) integra a rota bioceânica, que ligará o porto de Santos e o Centro-Oeste brasileiro aos portos chilenos de Antofagasta, Mejillones, Tocopilla e Iquique. Com um custo de cerca de R$ 50 bilhões, a rodovia pode reduzir a dependência logística desses países do canal do Panamá.
A estimativa é que os custos logísticos poderão ser reduzidos em até 25%, e o tempo de viagem, em aproximadamente 12 dias, oferecendo acesso a grandes mercados consumidores da Ásia, Oceania e costa oeste das Américas.
Para o acesso à ponte, serão construídos 13,1 quilômetros na BR-267, além de um centro aduaneiro de controle de fronteira, no município de Porto Murtinho (MS), que faz fronteira com Carmelo Peralta, no Paraguai.
As obras autorizadas no lado brasileiro darão acesso à nova ponte sobre o rio Paraguai, que está em construção e com previsão de ser concluída em 2025. O empreendimento foi viabilizado por meio de uma parceria entre os governos do Brasil e do Paraguai, com recursos da Itaipu Paraguai de cerca de US$ 89 milhões (R$ 432,7 milhões).
A BR-267 terá 104 quilômetros recuperados, entre Porto Murtinho e Alto Caracol, com alargamento e inclusão de acostamentos em toda a extensão do trecho, com investimento de R$ 239,2 milhões.
Também fazem parte da rota bioceânica a ponte internacional que liga as cidades de São Borja (RS) e de Santo Tomé, na Argentina; a pavimentação da BR-285 (RS-SC); a ponte internacional da Integração Brasil-Paraguai, que liga Foz do Iguaçu (PR) a Presidente Franco, cidade paraguaia vizinha a Ciudad del Este; a segunda ponte sobre o rio Jaguarão, na BR-116, que liga o Brasil ao Uruguai; e a ponte internacional de Guajará-Mirim (RO).