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Seguindo Finlândia e Suécia, Dinamarca anuncia acordo de defesa com os EUA; MD russo reage

Copenhague anunciou pela primeira vez que tinha iniciado negociações com os EUA sobre cooperação no início de 2022. Tal acordo significa uma mudança na política de longa data da nação nórdica contra as tropas estrangeiras.
Sputnik
O Ministério da Defesa dinamarquês anunciou nesta terça-feira (19) a assinatura de um acordo com os Estados Unidos em um formato parecido com o fechado por Washington com Finlândia e Suécia neste mês.
Segundo a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, o pacto permitirá que soldados e equipamentos militares norte-americanos fiquem baseados no solo do país escandinavo.
O acordo valerá por dez anos e entrará em vigor quando a legislação necessária for adotada daqui a cerca de um ano, disse Frederiksen, segundo a agência Reuters.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificou na segunda-feira (18) os acordos como uma "demonstração do esforço abrangente dos EUA para reforçar a segurança transatlântica", disse o secretário, segundo a agência Bloomberg.
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Sob o acordo com a Finlândia, os EUA terão amplo acesso em todo o país nórdico às proximidades de sua longa fronteira com a Rússia. A Suécia assinou um pacto semelhante no início de dezembro, e a Noruega, que também faz fronteira curta com a Rússia, em 2021, assinou um acordo com Washington sobre como regular a atividade militar norte-americana em seu território.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, comentou os recentes pactos assinados, e disse que em resposta Moscou aumentará seu contingente militar para 1,5 milhão.
O presidente Vladimir Putin ressaltou que Helsinque nunca teve problemas com a Rússia, mas que agora "passaria a ter".
"Eles arrastaram a Finlândia para a OTAN. Tivemos alguma disputa com eles [finlandeses]? Todas as disputas, incluindo disputas territoriais de meados do século XX, foram resolvidas há muito tempo. Não houve problemas, agora haverá problemas", afirmou.
O embaixador finlandês em Moscou foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta terça-feira (19) por causa da assinatura do acordo, informou a chancelaria russa.
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