O Ministério da Defesa dinamarquês anunciou nesta terça-feira (19) a assinatura de um acordo com os Estados Unidos em um formato parecido com o fechado por Washington com Finlândia e Suécia neste mês.
Segundo a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, o pacto permitirá que soldados e equipamentos militares norte-americanos fiquem baseados no solo do país escandinavo.
O acordo valerá por dez anos e entrará em vigor quando a legislação necessária for adotada daqui a cerca de um ano, disse Frederiksen, segundo a agência Reuters.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificou na segunda-feira (18) os acordos como uma "demonstração do esforço abrangente dos EUA para reforçar a segurança transatlântica", disse o secretário, segundo a agência Bloomberg.
Sob o acordo com a Finlândia, os EUA terão amplo acesso em todo o país nórdico às proximidades de sua longa fronteira com a Rússia. A Suécia assinou um pacto semelhante no início de dezembro, e a Noruega, que também faz fronteira curta com a Rússia, em 2021, assinou um acordo com Washington sobre como regular a atividade militar norte-americana em seu território.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, comentou os recentes pactos assinados, e disse que em resposta Moscou aumentará seu contingente militar para 1,5 milhão.
O presidente Vladimir Putin ressaltou que Helsinque nunca teve problemas com a Rússia, mas que agora "passaria a ter".
"Eles arrastaram a Finlândia para a OTAN. Tivemos alguma disputa com eles [finlandeses]? Todas as disputas, incluindo disputas territoriais de meados do século XX, foram resolvidas há muito tempo. Não houve problemas, agora haverá problemas", afirmou.
O embaixador finlandês em Moscou foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta terça-feira (19) por causa da assinatura do acordo, informou a chancelaria russa.