O governo federal pagou mais de 315 mil diárias entre setembro e dezembro, segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, que afirmou que a operação Paz é a maior já realizada pela secretaria, com foco na redução da criminalidade:
"Elegemos 482 municípios de 12 estados [Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio de Janeiro e Tocantins], onde os indicadores de criminalidade violenta eram bastante elevados."
O valor esperado para essa finalidade pelo ministério era de R$ 150 milhões, mas devido à falta de policiais livres para serem destacados para prestar serviço, o gasto, que tem caráter indenizatório, caiu.
"Às vezes o número de policiais não é suficiente para você ocupar toda a expectativa de ação, há estados com contingentes policiais menores", disse ele.
O balanço aponta que esses 12 estados representaram, em 2022, 60% da criminalidade violenta do país e que após a aplicação dos recursos houve redução de 41,5% nos latrocínios.
Houve também redução consistente nos homicídios dolosos no Rio Grande do Norte (-23,9%), em Tocantins (-21,1%) e em Roraima (-20,5%) em 2023, na comparação com 2022. Em todo o país a queda foi de 2,1%.
Os dados apresentados indicam ainda que houve queda de 58,3% no número de mortes causadas por atuação policial no Rio de Janeiro entre 1º de setembro e o fim de novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado.
No âmbito da operação, mais de 5,8 mil pessoas foram presas em 2023. Dessas, 1.455 tiveram atuação com mortalidade violenta intencional. Foram apreendidas 1.419 armas de fogo, sendo 12 fuzis, e mais de 30 toneladas de drogas foram apreendidas.
A operação teve início em 1° de setembro e segue até 31 de dezembro, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Ministério da Justiça e autoridades competentes dos estados beneficiados.