Fundada em 1960, a OPEP funciona como um cartel dos países com maiores produções de petróleo do mundo. Graças a seu controle do mercado, a organização determina a quantidade de barris que devem ser produzidos pelos países-membros e a que preço serão vendidos no mercado, influenciando também os das demais nações.
Em novembro, o grupo anunciou um corte na produção para 2024. Para a Angola foi definida uma cota de produção de 1.110.000 de barris de petróleo bruto por dia, contrariando a proposta da nação de 1.180.000 de barris de petróleo bruto por dia.
"Se continuássemos na OPEP… a Angola seria forçada a cortar a produção, e isso vai contra a nossa política de evitar o declínio e de respeitar os contratos", disse Azevedo em entrevista à emissora estatal TPA.
"Achamos que chegou a hora de o nosso país estar mais focado nos nossos objetivos".
Azevedo já havia defendido uma saída da organização, em janeiro de 2021. O ministro já havia avisado que "se sentirmos que nossa presença na OPEP é prejudicial ao país, somos patriotas o suficiente para sair." A decisão, formalizada através de um decreto do presidente João Lourenço, marca o fim de 16 anos da Angola como membro.
Com a Nigéria, os países são os dois maiores produtores de petróleo da África. O país do oeste africano também expressou insatisfação com sua cota de produção para o próximo ano.