Operação militar especial russa

Ex-assessor de Zelensky: projeto nacionalista de Kiev está morto; quem luta por um Estado opressor?

Em entrevista a uma jornalista russa, Aleksei Arestovich, ex-assessor do presidente ucraniano, diz que soldados do país buscam oportunidades de desertar e pessoas de outra cultura não querem lutar por Kiev por saber que são discriminadas pelo regime.
Sputnik
A Ucrânia não pode existir como um Estado monoétnico e monocultural em suas fronteiras de 1991, como deseja o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em seu conflito com a Rússia. É o que declarou o ex-assessor de Zelensky, Aleksei Arestovich, em entrevista concedida nesta sexta-feira (22) à jornalista russa Yulia Latynina.
"A Ucrânia não tem nada a oferecer aos residentes de Donbass e da Crimeia, exceto um estatuto de cidadão de segunda categoria", disse o ex-assessor.
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Segundo ele, o projeto nacionalista ucraniano está morto e Kiev não consegue encontrar pessoas dispostas a lutar por isso.
Arestovich disse que entre 30% e 70% das tropas de linha de frente ucranianas se recusam a entrar em confronto com soldados russos e buscam oportunidades para desertar. Segundo ele, esses militares deram uma sentença ao projeto ucraniano e selaram o seu fim.
O ex-assessor acrescentou que a declaração de Zelensky — de que a liderança militar ucraniana pretende mobilizar até 500 mil pessoas — é um deboche por parte de seus comandantes.

"A meta é absolutamente irrealista. Com Kiev aumentando a pressão sobre os que se esquivam do recrutamento, em breve, deixarão de fugir das equipes de recrutamento e começarão a atirar contra eles."

Ele acrescentou que pessoas de outras culturas que não a ucraniana não querem lutar pela Ucrânia, por saber que são discriminadas pelo governo Zelensky e sua postura monoétnica. O mesmo ocorre com residentes de territórios liberados do domínio de Kiev, que Zelensky quer retomar à força.

"Vivemos em um país de proibições, um país onde as liberdades são suprimidas, onde você é capturado e forçado a entrar no Exército. Quem iria querer lutar por uma nação assim?", questionou Arestovich.

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