Tóquio afrouxou as restrições às exportações de armas e aprovou oficialmente um plano para exportar mísseis Patriot para os EUA, atendendo a um pedido de seu aliado, disse o governo. Segundo as regras anteriores, o país só podia exportar componentes de armas e estava proibido de entregar produtos acabados, relembra o jornal Nikkei Asia.
No pacote, o país asiático pretende vender o PAC-2 e alguns interceptadores PAC-3 mais avançados fabricados no Japão. Vale lembrar que os interceptadores foram projetados para serem usados em defesa antimísseis e foram implantados na Ucrânia.
No entanto, Tóquio não permitirá que os mísseis sejam transferidos para uma zona de guerra. As vendas são para ajudar a repor os estoques de armas dos EUA, permitindo-lhe potencialmente fornecer mais apoio à Ucrânia à medida que Washington vacila na ajuda.
Mas um funcionário do governo japonês, falando sob condição de anonimato ao jornal, disse que os mísseis seriam usados para reabastecer o arsenal militar norte-americano para a segurança do Indo-Pacífico.
A iniciativa de exportar armas letais pela primeira vez surge junto à provação de um orçamento anual de defesa recorde, à medida que o país avança no seu maior reforço militar desde a Segunda Guerra Mundial e procura trabalhar mais estreitamente com Washington e outros parceiros para dissuadir ameaças da China e da Coreia do Norte.
O orçamento inclui verba para dois navios de defesa antimísseis equipados com o sistema de combate Aegis da Lockheed Martin, bem como o caça F-35 da empresa.
No entanto, o ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki, disse em uma conferência de imprensa que "a situação fiscal continua grave". A flexibilização na compra dos equipamentos militares ajudaria a contornar essa situação, diz a mídia.
O Japão também está considerando exportar projéteis de artilharia de 155 mm, fabricados sob licença da BAE Systems, para o Reino Unido, informou o Financial Times na quinta-feira (21).