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Se eleito, Trump precisará fazer uma limpa no FBI, aponta analista dos EUA

Favorito nas primárias do Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump anunciou um plano de dez etapas para desmantelar o que classificou como "Estado profundo" caso vença as eleições norte-americanas de 2024. Para isso, ele planeja revigorar uma ordem executiva não implementada do final do seu primeiro mandato.
Sputnik
Para a Sputnik, o ex-oficial do Departamento de Defesa dos EUA, David T. Pyne, afirmou que se Trump conseguir a reeleição no próximo ano, ele não terá outra escolha senão limpar o FBI e o Departamento de Justiça de "todos nomeados por Biden e Obama". Esses servidores públicos, segundo o analista "ajudaram a roubar a eleição para Joe Biden e permitiram o processo político do 45º presidente dos EUA sob falsa acusações".
O plano de dez etapas de Trump tem como base reinstituir a ordem executiva do Anexo F, que lhe permitirá "remover burocratas desonestos" através da reclassificação de trabalhadores federais. A medida, que sugere acabar com funções orientadas para políticas através de ações como demissões, foi rescindida oficialmente por Biden em janeiro de 2021.

"Biden é a maior ameaça à democracia nos EUA e a maior ameaça à segurança interna que a América alguma vez enfrentou. Resta saber se os democratas renunciarão voluntariamente ao seu controle do poder após as eleições democráticas."

No entanto, Pyne alerta que haverá barreiras para a remodelação do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, do Pentágono e do Departamento de Estado.
"O Estado profundo faria tudo o que pudesse para detê-lo, colocando obstáculos no seu caminho, como fizeram durante a sua primeira administração, e não está claro se ele realmente teria sucesso ou não", afirmou o especialista.
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Em 2016, quando eleito pela primeira vez, Trump tinha como promessa de campanha "drenar o pântano". No entanto, "Em vez disso, ele contratou e promoveu muitos funcionários do Estado profundo para seu gabinete, incluindo o neoconservador deep stater Mike Pence para servir como seu vice-presidente", afirmou o ex-funcionário público americano.

"Trump tentou aliar-se ao establishment republicano e governar em uma espécie de governo de coalizão com eles, apenas para descobrir que subverteram continuamente a sua presidência e as suas louváveis iniciativas políticas conservadoras America First, incluindo a retirada de todas as tropas dos EUA da Síria e do Afeganistão e até mesmo a saída dos EUA da OTAN."

De acordo com Pyne, se não tivesse sido frustrado, "tais ações teriam contribuído muito para promover a estabilidade internacional, melhores relações com Moscou e, consequentemente, melhorariam enormemente a segurança nacional dos EUA".
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