Panorama internacional

Estônia se diz disposta a extraditar ucranianos para combater na linha de frente

Militar ucraniano junto de casa destruída em Carcóvia, 31 de março de 2023
A Estônia está pronta para localizar e extraditar ucranianos em idade militar que estão no país e enviá-los para a Ucrânia. A ideia é que essas pessoas integrem as novas tropas ucranianas. A notícia foi dada pelo ministro do Interior do país, Lauri Laanemets, à mídia local, neste sábado (23).
Sputnik
Desde fevereiro de 2022, a Ucrânia está sob leis marcial e de mobilização geral, instituídas pelo presidente Vladimir Zelensky. Homens com idades entre 18 e 60 anos estão proibidos de deixar o país e devem se apresentar para mobilização militar.
Segundo as autoridades estonianas, é conhecido o paradeiro dos refugiados ucranianos que chegaram ao país após a instituição da lei marcial na Ucrânia. No entanto, ainda não foi recebido nenhum pedido de Kiev pela extradição desses homens.

"Se a Ucrânia disser ao Estado da Estônia que quer mobilizar estes indivíduos e pedir para os mandar para casa, então a Estônia certamente ajudará a Ucrânia", disse Laanemets.

Estima-se que mais de 7 mil homens ucranianos em idade de mobilização solicitaram proteção temporária na Estônia até agora. A ideia da extradição começou a ser discutida após repetidos fracassos em montar um novo Exército ucraniano, depois das inúmeras perdas de pessoal e equipamentos causada pela contraofensiva.
Anteriormente, as autoridades alemãs se recusaram a extraditar ucranianos que haviam deixado o país. De acordo com o ministro da Justiça alemão, Marco Buschmann, Berlim está tentando, antes de tudo, arranjar emprego para os ucranianos.
Militares ucranianos durante manobras no polígono de Yavorov, região de Lvov, Ucrânia
Panorama internacional
Ucrânia precisará mobilizar cidadãos que vivem fora do país para o Exército?
Comentar