A intenção da petrolífera é adquirir uma fatia de ações da unidade que a permita voltar a operar a refinaria. A ideia é produzir na unidade diesel e querosene de aviação através de óleo vegetal, segundo informou o jornal O Globo.
A Mubadala propôs a formalização das discussões sobre a formação de uma parceira estratégica para a área de refino tradicional e o desenvolvimento de uma biorrefinaria, de acordo com a mídia.
"O modelo de negócio a ser analisado levará em consideração investimentos futuros e desenvolvimento de novas tecnologias em conjunto com a Mubadala Capital", informou a Petrobras em nota citada pela mídia.
Há dois anos, durante o governo Bolsonaro, a Petrobras vendeu a refinaria localizada na Bahia para os árabes em um negócio superior a US$ 1,7 bilhão (R$ 8,6 bilhões). Chamada de Refinaria Landulpho Alves (Rlam), a unidade foi rebatizada de Mataripe.
Na época, a negociação foi bastante criticada, visto que a refinaria foi vendida pela metade de seu valor real. Segundo cálculos do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) citados pelo UOL, a unidade, na época, valia entre US$ 3 bilhões (R$ 14,5 bilhões) e US$ 4 bilhões (R$ 19,4 bilhões).
Mataripe é a segunda maior refinaria do país, respondendo por cerca de 14% de toda a capacidade de refino do Brasil.
No Brasil, os árabes comandam a refinaria através da empresa chamada Acelen, que é dona ainda de ativos renováveis.
"Confirmamos que estamos em discussões com a Petrobras sobre uma possível parceria estratégica com a Acelen Renováveis S.A. e a refinaria de Mataripe. Enxergamos como uma excelente oportunidade para ampliar a criação de valor em toda a cadeia de fornecimento da indústria de energia, tanto no Brasil quanto no exterior [...]", disse Oscar Fahlgren, CEO de Mubadala Capital no Brasil à mídia.