O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, declarou na quinta-feira (21) que encorajará homens entre 25 e 60 anos na Alemanha e outros países a se apresentarem nos centros de recrutamento.
Embora tenha dito que será uma convocação, deu a entender que haverá sanções se não cumprirem a mobilização para o conflito.
No entanto, o Ministério da Defesa esclareceu que as declarações do ministro foram apresentadas de maneira inadequada.
O chefe do departamento de imprensa militar, Illarion Pavlyuk, afirmou que houve uma "ênfase equivocada" nas declarações de Umerov e que não houve discussão sobre os mecanismos para garantir a mobilização de ucranianos no exterior.
O deputado da Rada Suprema Vadim Ivchenko anunciou que, em janeiro, será apresentado um projeto de lei para permitir a convocação dos que residem fora.
Ele enfatizou que os homens no exterior passarão pelos mesmos procedimentos que os residentes na Ucrânia, incluindo identificação e, se sujeitos à mobilização, receberão convocação.
A proposta levanta a questão de privar os ucranianos no exterior de certos privilégios, como permissões de residência temporária e subsídios.
O secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Aleksei Danilov, destacou a necessidade de todos os cidadãos participarem do conflito com a Rússia, afirmando que enquanto os soldados estão na linha de frente, o resto da população deve se envolver.
Ele ressaltou a importância de um sistema unificado de participação de todos os ucranianos, sugerindo que deve ser uma participação mais abrangente.
A Alemanha, no entanto, assegurou que não obrigará os ucranianos residentes no país a cumprir serviço militar em seu país de origem. O ministro de Justiça alemão, Marco Buschmann, afirmou que não é concebível forçar pessoas de outros países a cumprir o serviço militar contra sua vontade, respeitando a Constituição alemã.