Zinho é considerado o líder da maior milícia atuante na Zona Oeste do Rio de Janeiro e estava foragido desde 2018.
A operação que resultou na captura do criminoso foi formalizada após negociações entre os patronos de Zinho, a PF e a Secretaria de Segurança Pública.
O miliciano se entregou aos agentes da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (GISE), na Superintendência Regional da PF, na capital fluminense.
Com pelo menos 12 mandados de prisão em seu nome, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Zinho é apontado como o líder do maior grupo paramilitar da Zona Oeste.
Entre as acusações que pesam contra ele estão o uso de carros clonados para localizar e executar rivais, o mandante do assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, e o comando de um esquema milionário de lavagem de dinheiro.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, expressou sua satisfação com a prisão através das redes sociais, parabenizando a PF pelo trabalho.
Perfil de Zinho
Luís Antônio da Silva Braga era o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, com extensa lista de crimes que incluem homicídios, lavagem de dinheiro e liderança de uma milícia que atua como "fiscal de um Estado paralelo".
Além disso, Zinho é apontado como responsável por embargar obras e determinar o pagamento de propinas a policiais para obter informações sobre operações. O miliciano teve sua última prisão preventiva decretada em setembro de 2023.
Assassinato de Jerônimo Guimarães Filho
Um dos crimes pelos quais Zinho é acusado é o assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, ocorrido em agosto de 2022.
O motivo do crime, segundo investigações, seria uma disputa de território, já que Jerônimo era apontado como um dos fundadores da milícia na região.