O número de pessoas que compõem a caravana, segundo relatos de diferentes mídias, gira em torno de 8 mil e 10 mil. Estima-se que há pessoas de 24 nações no grupo que se dirige para o norte através do estado mexicano de Chiapas, na fronteira com a Guatemala, disse Luis García Villagrán, organizador da caravana de migrantes e ativista, à emissora NBC News.
A maioria dos migrantes são da América do Norte, Central e da Venezuela, disse ele, mas alguns vêm de lugares distantes, como Turquia, Irã, Síria e Camarões.
No entanto, segundo Villagrán, nem todos procuram entrar nos Estados Unidos, "alguns esperam obter documentos para poder permanecer no México e encontrar trabalho e ajuda humanitária", assim como "chamar a atenção e [obter] assistência do governo mexicano".
"As condições em que caminham os acompanhantes, as mulheres e crianças migrantes são verdadeiramente deploráveis", disse Villagrán.
Os migrantes passaram a noite de Natal dormindo em pedaços de papelão ou plástico, sob toldos e tendas.
A marcha prossegue horas antes de uma reunião agendada entre o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, para discutir "migração irregular sem precedentes e identificar maneiras a partir das quais o México e os Estados Unidos abordarão os desafios de segurança nas fronteiras", informou o Departamento de Estado americano, em declaração citada pela mídia.
Contudo Villagrán acredita que a reunião foi agendada com foco "totalmente em questões eleitorais": "Mulheres e crianças migrantes estão sendo usadas como moeda de troca", afirmou.
Anteriormente, López Obrador havia declarado que o Congresso dos EUA deveria oferecer mais apoio à América Latina em vez de erguer barreiras e "construir muros", segundo o The New York Times.