O colunista ressalta a falta de consenso entre os países europeus em relação a essa questão. "Sem o apoio europeu, este plano não funcionará. É verdade", afirma o autor, citando funcionário não identificado do governo Biden.
"Apenas cerca de 2% desses fundos são mantidos nos Estados Unidos. A maior parte dos ativos congelados da Rússia está localizada na Bélgica e na Suíça. Há resistência na Europa, especialmente em Berlim, sobre se a medida é justificada ao abrigo do direito internacional e se poderia minar a confiança no euro", destaca o artigo, citando fontes não identificadas.
Segundo Rogin, sem acesso aos ativos russos, a Ucrânia corre o risco de perder a capacidade de "sobreviver como país funcional".
Na quinta-feira (28), o jornal Financial Times informou que a Alemanha, a França, a Itália e a União Europeia expressaram dúvidas sobre a ideia dos EUA de confiscar ativos congelados russos no valor de 300 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,5 trilhão), considerando necessário avaliar cuidadosamente a legalidade dessa medida.
Anteriormente, o coordenador de Comunicações Estratégicas da Casa Branca, John Kirby, afirmou que os EUA consideram prematuro falar sobre a possibilidade de usar ativos soberanos congelados da Rússia para ajudar a Ucrânia.
Desde o início da operação especial na Ucrânia, os países da UE e do G7 congelaram quase metade das reservas cambiais russas, principalmente nas contas do Euroclear belga — um dos maiores sistemas de liquidação e compensação do mundo.
O Euroclear informou que, nos nove meses de 2023, obteve cerca de 3 bilhões de euros (R$ 16 bilhões) em juros ao investir em ativos russos sancionados.
O ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, destacou anteriormente que a Rússia lidará com a pressão das sanções impostas pelo Ocidente, intensificando-se ao longo dos anos, e continuará a defender seus interesses.