A Finlândia não se beneficiará da adesão à OTAN, disse à Sputnik o representante permanente da Rússia nas organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulianov.
"Simplesmente não compreendo como a Finlândia se beneficia [da adesão à OTAN]. Eles viveram calma e pacificamente, e inesperadamente encontraram-se entre a Rússia e a OTAN. Mas eles são nossos vizinhos, e deus me livre se houver algum agravamento, então a própria Finlândia sofrerá primeiro. Eu realmente não gostaria que isso acontecesse, é claro", disse Ulianov em entrevista.
O representante também destacou que um acordo de cooperação em defesa assinado por Helsinque e Washington na semana passada é um "sério desafio" para Moscou, visto que o acordo proporciona aos soldados norte-americanos acesso a 15 áreas e instalações militares finlandesas.
Além da Finlândia, a Suécia e a Dinamarca assinaram um pacto semelhante no início de dezembro, e a Noruega, em 2021, assinou um acordo com Washington sobre como regular a atividade militar norte-americana em seu território.
Na semana passada, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, comentou os recentes pactos assinados, e disse que em resposta Moscou aumentará seu contingente militar para 1,5 milhão. Assim como Shoigu, o presidente Vladimir Putin comentou a decisão de Helsinque dizendo que o país vizinho nunca teve problemas com a Rússia, mas que agora "passaria a ter".