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Iraque está trabalhando para terminar presença local da coalizão militar dos EUA, diz premiê

A ação, que acontece em meio à resposta militar dos EUA a grupos militantes que atacam suas bases na região, incluindo no Iraque, tem sido proposta há mais de cinco anos.
Sputnik
O governo do Iraque está trabalhando para pôr fim à presença de soldados de uma coalizão liderada pelos EUA no país, anunciou na quinta-feira (28) o primeiro-ministro Mohammed al-Sudani.
Falando em uma conferência conjunta com Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, que visitou o Iraque nesse dia, al-Sudani disse que Bagdá estava comprometido em alterar seu relacionamento com a Força-Tarefa Conjunta Combinada – Operação Resolução Inerente (CJTF-OIR, na sigla em inglês), que foi para o Iraque em 2015 para combater o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
"Com a presença de forças iraquianas capazes, o governo iraquiano está caminhando para acabar com a presença das forças da coalizão internacional", disse al-Sudani.
Al-Sudani condenou também os ataques às bases que abrigam as tropas da coalizão no país, que aumentaram substancialmente desde que Israel, aliado dos EUA, respondeu com grande brutalidade contra o ataque violento do grupo palestino Hamas de Gaza em outubro.
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No entanto, com os EUA realizando ataques de retaliação no Iraque contra os grupos que atacam as bases americanas, e que acusam serem apoiados pelo Irã, al-Sudani disse que as forças estrangeiras devem se limitar ao seu papel de treinar e aconselhar as forças de segurança iraquianas.
"O envolvimento em operações militares, além desses limites, é visto como uma violação da soberania iraquiana e é inequivocamente rejeitado", sublinhou o premiê iraquiano.
O parlamento iraquiano pediu em março de 2018 ao governo do país que estabelecesse um prazo para a saída das tropas estrangeiras.
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