Panorama internacional

Conselho de Segurança: Rússia diz que 'silêncio' do secretário-geral da ONU após ataque surpreende

Membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia convocou neste sábado (30) uma reunião de emergência do principal órgão da entidade por conta do atentado terrorista ucraniano contra a cidade russa de Belgorod.
Sputnik
Em um dos piores ataques direcionados contra alvos civis pelo Exército da Ucrânia, pelo menos 21 pessoas morreram e outras 111 ficaram feridas em Belgorod. A tragédia só não foi pior por conta da interceptação pelo sistema de defesa russo dos dois mísseis Olkha com ogivas de fragmentação proibidas, além de foguetes Vampire de fabricação tcheca.
Durante reunião convocada pelo país no Conselho de Segurança, o representante permanente da Rússia, Vasily Nebenzya, classificou como surpreendente o silêncio do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, mesmo com a gravidade da situação. "Estamos surpresos com o silêncio do secretário-geral sobre este assunto", afirmou.
Para o representante russo, o bombardeio de cidades pacíficas pela Ucrânia mostra a agonia do regime do presidente Vladimir Zelensky, que tem o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia cada vez mais contestado. Além disso, Nebenzya declarou que todos os responsáveis pelo atentado terrorista serão punidos.
"Instamos os governos responsáveis e as organizações internacionais a condenarem firmemente este ato terrorista horrendo cometido com munições de fragmentação proibidas na maioria dos países ocidentais e a se distanciarem publicamente do regime ucraniano e de seus patrocinadores ocidentais que estão cometendo esses crimes", enfatizou.
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Ausência de representante tcheco na reunião

Por ser responsável pela fabricação dos foguetes que atingiram a cidade russa, representantes da República Tcheca foram chamados para a reunião, mas não compareceram. Para Vasily Nebenzya, a ausência ocorreu por covardia do país, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

"Onde está o representante tcheco, o país cujos mísseis mataram civis em Belgorod. Convidamos para participar desta reunião, mas recusou por covardia", declarou o representante russo.

Nebenzya ainda enfatizou que o ataque ucraniano foi deliberado, indiscriminado e combinado. "Mais uma vez, quero sublinhar que não se trata de um ataque a alvos militares com possíveis consequências para a população civil, mas de um ato deliberado de terrorismo dirigido contra cidadãos", disse.
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China apoia mediação diplomática na região

Durante a reunião, a China pediu que a comunidade internacional ajude a encontrar uma mediação diplomática para o conflito na Ucrânia e reafirmou o comprometimento em facilitar as negociações de paz. A declaração é do representante permanente adjunto na ONU, Geng Shuang.
"Também renovamos nosso apelo a todas as partes interessadas para intensificar a mediação diplomática com um maior senso de urgência e trabalhar juntas para criar condições propícias para um acordo político precoce da crise. A China continuará a estar ao lado da paz e do diálogo, comprometendo-se a encorajar e facilitar as negociações e contribuir positivamente para um acordo político na crise da Ucrânia", disse.
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Os ataques

Na tarde deste sábado (30), o governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, informou que militares ucranianos bombardearam o centro da cidade de Belgorod. Segundo os últimos dados oficiais, 21 pessoas morreram, incluindo crianças.
O Ministério da Defesa russo informou que vários foguetes e peças de cluster dos mísseis Olkha abatidos atingiram a cidade. Conforme a pasta, caso ocorresse um ataque direto das munições, e não dos seus fragmentos, haveria ainda mais vítimas entre a população civil.
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