Panorama internacional

Na Cisjordânia, as crianças vivem um pesadelo: 83 mortos em 12 semanas

Mulheres palestinas choram onde se acredita que um parente esteja preso nos escombros após o bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 21 de dezembro de 2023
Enquanto o mundo observa com horror a situação na Faixa de Gaza, as crianças na Cisjordânia enfrentam seu próprio pesadelo.
Sputnik
De acordo com um relatório do UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, nos últimos três meses, 83 crianças da Cisjordânia perderam a vida em meio a um aumento nas operações militares e policiais relacionadas ao conflito israelo-palestino.
Esse número representa mais que o dobro de todas as crianças que faleceram em 2022, conforme destacado por Adele Khodr, diretora regional do UNICEF para o Oriente Médio e Norte da África, em um comunicado.

"Este ano foi o mais fatal registrado para as crianças na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, com a violência relacionada ao conflito atingindo níveis sem precedentes. Mais de 576 pessoas ficaram feridas e outras foram detidas. Além disso, a Cisjordânia foi gravemente afetada por restrições de circulação e acesso", declarou a representante da ONU em um comunicado divulgado em 28 de dezembro.

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em seu briefing semanal em Moscou, em 16 de março de 2023
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"Viver com uma sensação quase constante de medo e dor é, infelizmente, muito comum para as crianças afetadas. Muitas crianças relatam que o medo se tornou parte de suas vidas diárias e muitas têm receio até mesmo de ir à escola ou de brincar ao ar livre devido à ameaça de tiroteios e outras formas de violência relacionadas ao conflito", acrescentou Khodr.
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