A Rússia "enfrentou sem problemas" inúmeras medidas restritivas, incluindo o teto de US$ 60 por barril de petróleo russo introduzido em dezembro de 2022, estimou Haitham Jundi.
O déficit orçamentário "foi reduzido" e ronda 1% do produto interno bruto (PIB), embora fosse esperado 6%, apesar da continuação da operação militar. Ao mesmo tempo, o estado euro-asiático tem a taxa de desemprego mais baixa de sua história: 2,9%, e a economia "sofre de uma grave escassez de mão de obra".
Dessa forma, observou o especialista, graças à tentativa de isolar a Rússia dos sistemas e mercados financeiros internacionais, a economia russa "se tornou invulnerável" às restrições impostas por numerosos países ocidentais.
"Assim, o déficit orçamentário foi reduzido graças ao aumento das receitas do petróleo e do gás e aos bons resultados fiscais […]. A Rússia tem conseguido contornar as sanções", concluiu.
Segundo a base de dados Castellum.AI, a Rússia é o país mais punido por sanções, à frente do Irã, da Síria, da Coreia do Norte, da Bielorrússia e da Venezuela. Desde fevereiro de 2022, mais de 16 mil novas medidas restritivas contra o país, além das 2.695, entraram em vigor.
Moscou afirmou repetidamente que o país enfrentará a pressão das sanções que o Ocidente começou a impor à Rússia há vários anos e continua a intensificar, observando que os países ocidentais não têm coragem de reconhecer o fracasso de tais medidas punitivas.
Nas palavras de Vladimir Putin, as sanções contra a Rússia prejudicam aqueles que mais as impõem, e a continuação de políticas restritivas poderá ter consequências catastróficas para a economia mundial. Prova disso é que os próprios países ocidentais expressaram a opinião de que as restrições antirrussas são ineficazes.
Apesar das sanções, o PIB do país eurasiano cresceu 4,9% no segundo trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Serviço Federal da Estatística (Rosstat).