Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad afirmou que quer "implementar um projeto para diminuir a volatilidade do dólar, um instrumento do Tesouro para atrair investimentos externos, uma espécie de hedge cambial".
No entanto, o ministro ressalta que não será criada uma cotação artificial, mas um mecanismo que pretende evitar grandes oscilações para cima ou para baixo da moeda norte-americana.
"Há a obrigação por lei de regulamentar a Reforma Tributária, que são 71 assuntos que podem constar até na mesma lei complementar. Também precisamos monitorar as medidas para cumprir o arcabouço fiscal e queremos implementar um projeto para diminuir a volatilidade do dólar, um instrumento do Tesouro para atrair investimentos externos, uma espécie de hedge cambial, associado a projetos de transformação ecológica", declarou Haddad.
Após seu primeiro ano como ministro da Fazenda, Haddad diz que tem como prioridade para agenda de 2024 regulamentar a Reforma Tributária, cumprir a meta fiscal e, como relatado, elaborar uma medida para diminuir a volatilidade do dólar.
Contudo, o ministro acredita que a reforma do Imposto de Renda (IR) pode ficar para 2025, visto que há uma "janela" curta para aprovação.
"O desafio de aprovar em 2024 a reforma do IR é que, como temos eleições municipais, há um problema de janela, que vai ter que ser avaliado pela política. A regulamentação do consumo precisa ser votada primeiro, até porque em 2026 ela já entra em vigor", afirmou.
A mídia destaca que Fernando Haddad terminou seu primeiro ano na pasta contabilizando a aprovação de duas grandes reformas, a melhora da performance do governo brasileiro e com a vitória na disputa interna com o PT pelos rumos da política econômica.