A inteligência turca deteve 33 pessoas suspeitas de espionar para o Mossad, disse o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, nesta terça-feira (2).
Mais 13 suspeitos permanecem foragidos, acrescentou o ministro afirmando que os suspeitos pretendiam identificar, monitorar, agredir e sequestrar cidadãos estrangeiros que viviam na Turquia.
A polícia invadiu 57 locais em oito províncias como parte de uma operação lançada pelo departamento antiterrorista do promotor de Istambul e pela agência de inteligência turca, disse Yerlikaya.
"Foram apreendidos € 143.830, US$ 23.680, diversas quantias em dinheiro provenientes de diversos países, um arma sem licença e um grande número de cartuchos e materiais digitais", acrescentou o ministro.
A Turquia não vê o Hamas como organização terrorista e sabe-se que alguns dos líderes do grupo, incluindo Ismail Haniyeh, visitam e permanecem em Istambul.
Isto, junto às críticas do presidente Recep Tayyip Erdogan ao bombardeamento na Faixa de Gaza por Israel, frustrou um nascente degelo nos laços entre os dois países. Ancara alertou Tel Aviv em dezembro para não tentar matar membros do Hamas em território turco, após relatos de planos para atingir os líderes do grupo no exterior.
"Se cometerem tal erro, devem saber que pagarão um preço muito, muito elevado por isso", afirmou Erdogan em dezembro.
A Turquia tem criticado duramente Israel pelo bombardeamento de Gaza com Erdogan e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu a trocar farpas publicamente na semana passada.