Isso garantiu ao partido 130 dos 250 assentos na Narodna Skupstina, a assembleia nacional unicameral do país, alcançando o poder majoritário. A coligação de oposição, Sérvia contra a Violência (SPN, na sigla em sérvio), teve por sua vez 23,66% dos votos, obtendo 65 assentos.
A SPN alegou fraude nas eleições, o que levou a manifestações e protestos pela capital, Belgrado, na última semana. A Comissão Eleitoral Central afirmou que não encontrou indícios de fraude. Segundo forças de inteligência sérvias e russas, as lideranças opositoras tentaram desestabilizar o governo com auxílio do Ocidente.
Nos últimos meses o SNS tem lutado pela independência da Sérvia frente ao domínio da União Europeia (UE), bloco econômico no qual o país está em processo de entrada. O país dos Bálcãs tem, por exemplo, se recusado a sancionar a Rússia em matérias de energia.
Entre os outros partidos participantes, o Dveri e o Zavetnici, mais contrários à UE e mais a favor da integração com movimentos de direita do restante da Europa, perderam todos os 20 assentos que possuíam por não alcançarem a cota mínima de 3% dos votos.
No entanto o movimento populista pró-Rússia Glas iz Naroda (Voz do Povo), que começou como um canal no YouTube, obteve 4,69% dos votos, conquistando 13 assentos parlamentares.
Já a coligação Sérvia no Ocidente recebeu 0,14%, enquanto o ex-presidente e ex-líder do Partido Democrata Boris Tadic recebeu 1,18% dos votos. Ou seja, não obtiveram assentos na Assembleia.
O Partido Socialista, cujo líder é o atual ministro das Relações Exteriores, Ivica Dacic, recebeu 6,55% dos votos e terá 18 assentos. A coalizão monarquista-conservadora Alternativa Democrática Nacional (Nada, na sigla em sérvio) conquistou 14 assentos, com 5,02% dos votos.