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Nova 'revolução colorida'? O que se sabe sobre os protestos em Belgrado
Nova 'revolução colorida'? O que se sabe sobre os protestos em Belgrado
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Recusando-se a aceitar o resultado eleitoral, apoiadores da oposição na Sérvia invadiram a prefeitura de Belgrado em meio a uma onda de protestos nesta noite... 25.12.2023, Sputnik Brasil
2023-12-25T18:05-0300
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No último dia 17 de dezembro foram realizadas as eleições nacionais e locais na Sérvia. O Partido Progressista Sérvio (SNS, em sérvio), o qual pertencem o presidente Aleksandar Vucic e a primeira-ministra Ana Brnabic, saiu vitorioso alcançando o maior número de assentos na Assembleia da cidade de Belgrado.Descontente com o resultado, a aliança opositora, Sérvia Contra a Violência (SPN, em sérvio), afirmou que o resultado foi fruto de fraude eleitoral. Belgrado abriga cerca de um quarto da população do país, que possui cerca de 6,6 milhões de habitantes. Por conta disso, o cargo de prefeito da cidade é um dos mais importantes da Sérvia.Revoltas de domingo na SérviaEntre os dias 17 e 24, a oposição organizou vários comícios por Belgrado, alguns marcados pela violência, como foi o caso da última segunda-feira (18), em que manifestantes se reuniram frente a Comissão Eleitoral Republicana e supostamente atacaram os funcionários do órgão.Responsável por investigar as alegações de "eleitores fantasmas", a Comissão Eleitoral informou no domingo que não encontrou nenhuma evidência de que a eleição tivesse sido roubada.Na noite de domingo (24), manifestantes pró-oposição se reuniram no centro de Belgrado após serem convocados pelo SPN. A líder da coalizão, Marinika Tepic, foi impedida de entrar no edifício da Comissão Eleitoral e um palco improvisado foi erguido próximo da residência presidencial, com palestrantes e artistas incitando a multidão. Mais tarde, alguns ativistas invadiram a Câmara Municipal, mas foram expulsos pela polícia.Apoio do OcidenteAleksandar Sapic, chefe da administração temporária da cidade, declarou que os danos causados ao edifício histórico são "irreparáveis" e comparou as manifestações ao caso de Maidan, golpe armado de 2014 em Kiev que preparou o terreno para as atuais hostilidades entre a Rússia e a Ucrânia.O termo também foi utilizado pela primeira-ministra Ana Brnabic e pela representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que disse que esta foi tentativa óbvia do Ocidente coletivo de desestabilizar a situação no país através de "golpes de Maidan". Brnabic também agradeceu à forças de inteligência russa, que alertaram ao governo sérvio sobre possíveis tentativas de desestabilizar o Estado.Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov "evidentemente, existem processos e tentativas de terceiros, inclusive do exterior, para provocar tal agitação em Belgrado. Isto é o que estamos vendo. Não temos dúvidas de que a liderança da república manterá o Estado de Direito no país".Já Vucic comparou as manifestações às "revoluções coloridas", termo utilizado para descrever as revoltas em massa levadas a cabo por forças políticas pró-ocidentais nas décadas de 1990 e 2000. A Rússia e outras nações consideram a onda como planejada pelo Ocidente para promover seus objetivos geopolíticos, sendo executada por meio de ONGs, meios de comunicação e partidos financiados pelos EUA e seus aliados.Em entrevista a TV russa Rossiya 24, o embaixador russo na Sérvia, afirmou que Vucic está em posse de provas do envolvimento ocidental nos protestos acontecidos no último domingo (24).
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europa, aleksandar vucic, ana brnabic, maria zakharova, belgrado, sérvia, ocidente, comissão eleitoral, partido progressista sérvio, ministério das relações exteriores da rússia
europa, aleksandar vucic, ana brnabic, maria zakharova, belgrado, sérvia, ocidente, comissão eleitoral, partido progressista sérvio, ministério das relações exteriores da rússia
Nova 'revolução colorida'? O que se sabe sobre os protestos em Belgrado
18:05 25.12.2023 (atualizado: 19:02 25.12.2023) Recusando-se a aceitar o resultado eleitoral, apoiadores da oposição na Sérvia invadiram a prefeitura de Belgrado em meio a uma onda de protestos nesta noite de domingo (24). Segundo autoridades governamentais, esta foi uma tentativa de desestabilizar o governo em uma "revolução colorida".
No último dia 17 de dezembro foram realizadas as eleições nacionais e locais na Sérvia. O
Partido Progressista Sérvio (SNS, em sérvio), o qual pertencem o presidente
Aleksandar Vucic e a primeira-ministra
Ana Brnabic,
saiu vitorioso alcançando o maior número de assentos na Assembleia da cidade de Belgrado.
Descontente com o resultado, a aliança opositora, Sérvia Contra a Violência (SPN, em sérvio), afirmou que o resultado foi fruto de fraude eleitoral. Belgrado abriga cerca de um quarto da população do país, que possui cerca de 6,6 milhões de habitantes. Por conta disso, o cargo de prefeito da cidade é um dos mais importantes da Sérvia.
Revoltas de domingo na Sérvia
Entre os dias 17 e 24, a oposição organizou vários comícios por Belgrado, alguns
marcados pela violência, como foi o caso da última segunda-feira (18), em que manifestantes se
reuniram frente a Comissão Eleitoral Republicana e supostamente atacaram os funcionários do órgão.
Responsável por investigar as alegações de "eleitores fantasmas", a Comissão Eleitoral informou no domingo que não encontrou nenhuma evidência de que a eleição tivesse sido roubada.
Na noite de domingo (24), manifestantes pró-oposição se reuniram no centro de Belgrado após serem convocados pelo SPN. A líder da coalizão, Marinika Tepic, foi impedida de entrar no edifício da Comissão Eleitoral e um palco improvisado foi erguido próximo da residência presidencial, com palestrantes e artistas incitando a multidão. Mais tarde, alguns ativistas invadiram a Câmara Municipal, mas foram expulsos pela polícia.
9 de dezembro 2023, 14:44
Aleksandar Sapic, chefe da administração temporária da cidade, declarou que os danos causados ao edifício histórico
são "irreparáveis" e comparou as manifestações
ao caso de Maidan, golpe armado de 2014 em Kiev que preparou o terreno para as atuais hostilidades entre a Rússia e a Ucrânia.
O termo também foi utilizado pela primeira-ministra Ana Brnabic e pela representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia,
Maria Zakharova, que disse que esta foi tentativa óbvia do Ocidente coletivo de
desestabilizar a situação no país através de
"golpes de Maidan". Brnabic também
agradeceu à forças de inteligência russa, que alertaram ao governo sérvio sobre possíveis tentativas de desestabilizar o Estado.
Segundo o porta-voz do Kremlin,
Dmitry Peskov "evidentemente, existem processos e tentativas de terceiros,
inclusive do exterior,
para provocar tal agitação em Belgrado. Isto é o que estamos vendo. Não temos dúvidas de que a liderança da república manterá o Estado de Direito no país".
Já Vucic comparou as manifestações às "revoluções coloridas", termo utilizado para descrever as revoltas em massa levadas a cabo por forças políticas pró-ocidentais nas décadas de 1990 e 2000. A Rússia e outras nações consideram a onda como planejada pelo Ocidente para promover seus objetivos geopolíticos, sendo executada por meio de ONGs, meios de comunicação e partidos financiados pelos EUA e seus aliados.
Em entrevista a TV russa Rossiya 24, o embaixador russo na Sérvia, afirmou que Vucic está em posse de provas do envolvimento ocidental nos protestos acontecidos no último domingo (24).
25 de dezembro 2023, 14:00