A ação, apresentada pela África do Sul na última sexta-feira (29), alega uma série de "violações por parte de Israel das suas obrigações em relação à Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio [por agir] contra os palestinos na Faixa de Gaza", afirmou a corte.
No pedido de indicação, o tribunal também manifestou que as audiências serão dedicadas ao requerimento da África do Sul, medidas provisórias a fim de "proteger contra danos adicionais, graves e irreparáveis os direitos do povo palestino sob a Convenção do Genocídio", além de garantir que Israel cumpra com suas obrigações decorrentes da convenção de não apenas não se envolver em genocídio, mas prevenir e puni-lo.
Quando a ação foi apresentada, o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, demonstrou sua insatisfação com o posicionamento sul-africano e chamou o processo de genocídio movido contra seu país de "covardia".
Washington também criticou o processo. John Kirby, coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que a ação é "contraproducente e infundada".
Desde o dia 7 de outubro, quando a escalada do conflito entre Israel e Hamas teve início, a partir do ataque do movimento palestino que matou 1,2 mil israelenses, mais de 22 mil palestinos morreram na Faixa de Gaza.