"Um dos dois homens-bomba tinha cidadania tajique, enquanto a identidade do segundo terrorista ainda não foi claramente estabelecida", afirmou o ministério em comunicado.
Os corpos dos dois perpetradores foram encontrados no local do incidente, disse o iraniano Seyyed Majid Mirahmadi, vice-ministro do Interior para Segurança e Assuntos Policiais.
Hoje (5), o ministro do Interior iraniano, Ahmad Vahidi, informou que várias pessoas suspeitas de envolvimento no ataque terrorista em Kerman foram detidas.
Pelo menos 89 pessoas morreram e 284 ficaram feridas em duas explosões no cemitério de Kerman, onde uma multidão se reunia para uma cerimônia que assinalava o quarto aniversário do assassinato de Soleimani pelas forças norte-americanas.
Na quinta-feira (4), a mídia informou que a organização terrorista Daesh, também conhecida como Estado Islâmico (proibida na Rússia), assumiu a responsabilidade pelo ataque.
O governo iraniano declarou a quinta-feira como um dia de luto nacional pelas vítimas, e o presidente do país, Ebrahim Raisi, que adiou sua visita planejada à Turquia para tratar do assunto, afirmou que os autores intelectuais e perpetradores do ataque terrorista serão identificados pelas forças de segurança e agências de aplicação da lei e responsabilizados.
Soleimani, que comandava a Força Quds de elite do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, foi morto por um ataque de drone dos EUA em Bagdá, no Iraque, em 3 de janeiro de 2020.
Washington alegou que ele esteve envolvido na organização do ataque à Embaixada dos EUA em Bagdá em 31 de dezembro de 2019. Em resposta, o Irã lançou ataques contra bases dos EUA no Iraque, incluindo a base aérea de Ain Al-Asad.