O incidente ocorreu durante a transmissão ao vivo de um programa, interrompendo a programação em meio à crise de segurança que assola o país há meses.
No dia anterior ao ataque, o país havia declarado estado de exceção em resposta à crescente instabilidade.
Homens armados, utilizando balaclavas, invadiram as instalações da emissora, mantendo vários jornalistas e funcionários como reféns. Durante o programa interrompido, os invasores exibiram armas de fogo, incluindo granadas, armas longas e curtas, enquanto os trabalhadores pediam desesperadamente para que não atirassem.
A polícia enviou unidades especializadas para lidar com a situação de emergência. Minutos após o incidente, em comunicado nas redes sociais, afirmou: "Como resultado da intervenção na TC Televisión, nossas unidades policiais até o momento logram a apreensão de vários suspeitos e indícios vinculados ao ilícito".
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, reagiu decretando a existência de um "conflito armado interno" no país. Ele identificou diversos grupos do crime organizado transnacional como organizações terroristas. O mandatário também ordenou às Forças Armadas que "neutralizem" esses grupos.
A declaração de estado de emergência, feita um dia antes, estava relacionada à crise penitenciária desencadeada pela fuga de Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder da gangue Los Choneros.
Noboa enfatizou que não permitiria mais que condenados por narcotráfico e crime organizado ditassem as ações do governo.
Além do ocorrido na TC Televisión, relatos indicam que grupos armados também invadiram a Universidade de Guayaquil, provocando caos entre estudantes e funcionários. O governo inclusive decretou ensino à distância devido à violência no país.
Episódios semelhantes foram reportados em centros comerciais, hospitais, um ginásio e outros locais na cidade portuária.