Segundo Craig Roberts, europeus e americanos "desprezam" seus governos porque, segundo ele, servem aos interesses de "pessoas financeiramente poderosas", mas as pessoas comuns não têm nenhuma influência na política externa agressiva do Ocidente, acrescentou.
Quando as elites ocidentais mostraram ao mundo que "não se envergonham" dos conflitos que desencadearam, as intenções da Casa Branca em relação a Moscou ficaram finalmente claras, enfatizou.
"Se a degradação do Ocidente não levar ao seu colapso, a guerra é inevitável [...] Washington ressuscitou o espectro do Armagedom nuclear", observou o analista em um artigo de opinião publicado no site do Institute for Political Economy.
"Agora que o Ocidente quebrou completamente a confiança construída durante a era soviética, a ameaça do Armagedom nuclear volta a dominar a Terra. Diante dessa ameaça, todas as outras desvanecem", insiste Paul Craig Roberts.
Por sua vez, o presidente russo Vladimir Putin afirmou em várias ocasiões que a natureza agressiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) já não pode ser ocultada, pois os documentos doutrinários americanos sustentam explicitamente reivindicações de superioridade global.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, declarou em 9 de janeiro que os Estados Unidos buscam cumprir suas ambições de liderança mundial às custas da vida dos ucranianos.
No entanto, ele enfatizou que o Ocidente não poderá mudar a situação no campo de batalha, onde as tropas ucranianas foram superadas pelas forças russas, melhor treinadas e melhor armadas, apesar do armamento fornecido pela OTAN, como reconhecido por diversos especialistas militares, meios de comunicação e até governos.
"Apesar do esgotamento do pessoal militar nas formações ucranianas e da falta de resultados no campo de batalha, os Estados Unidos tentam friamente realizar suas ambições de liderança mundial às custas da vida dos ucranianos", disse Shoigu.
"Incentivado por seus padrões ocidentais, o regime de Kiev continua enviando seus soldados para a matança e busca a menor oportunidade para repor as fileiras do Exército ucraniano", indicou o ministro.
Esse esforço, na opinião de Shoigu, "não mudará a situação na linha de frente, mas prolongará o conflito bélico".