Panorama internacional

EUA minam a 'confiança dos investidores internacionais' se confiscarem ativos da Rússia, diz Kremlin

A administração norte-americana promoveu previamente um pacote de financiamento de US$ 60 bilhões para Kiev, e procura a ajuda do resto do G7 para "legitimar" a medida de confisco. O Kremlin comentou a notícia sublinhando que Washington não notificou Moscou sobre a medida.
Sputnik
A Casa Branca está pronta para apoiar um projeto de lei para confiscar os ativos russos congelados a fim de transferi-los para a Ucrânia, informou na quarta-feira (10) a agência norte-americana Bloomberg.
"A administração [de Joe Biden] apoia 'em princípio' o projeto de lei que permitiria o confisco dos fundos", apontou a agência, citando um documento que o Conselho de Segurança Nacional dos EUA enviou ao Comitê de Relações Exteriores do Senado do país em novembro.
Biden decidiu endossar a medida antirrussa depois que os republicanos bloquearam uma rodada de ajuda de US$ 60 bilhões (R$ 292,68 bilhões) para a Ucrânia no Congresso.
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Senadores americanos apresentaram em junho de 2023 um projeto de lei que permitiria que os ativos soberanos russos fossem confiscados e transferidos para Kiev.
Ao mesmo tempo, a Casa Branca quer coordenação com outros países do G7 para, entre outras coisas, reduzir o risco de minar a confiança dos investidores estrangeiros nos Estados Unidos, aponta a Bloomberg.
Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia, comentou a notícia sublinhando que Washington não notificou Moscou sobre a medida.
"É claro que quase não temos canais de comunicação. Ninguém notificou ninguém", relatou ele.
"Essa ação dos EUA mina sua autoridade financeira internacional, mina a confiança dos investidores internacionais", disse Peskov.
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