Operação militar especial russa

Putin: Ucrânia rejeitou negociações com Rússia, 'são idiotas, tudo teria acabado há muito tempo'

Kiev lançou uma contraofensiva massiva em junho de 2023, na esperança de romper posições russas fortificadas em Zaporozhie, Kherson e Donbass e chegar à península da Crimeia. Em novembro, o principal general da Ucrânia admitiu que não haveria um "avanço nem bonito nem profundo" e disse que o conflito tinha chegado a um "impasse".
Sputnik
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (16) que o principal objetivo por trás dos ataques da Ucrânia a instalações civis dentro da Rússia é mostrar aos seus patrocinadores que Kiev ainda tem capacidade de responder às ações de Moscou.
"As pessoas perguntam frequentemente por que as autoridades de Kiev estão bombardeando cidades e vilas pacíficas? [...] Por que estão fazendo isso? Há uma resposta. [...] Para mostrar ao seu povo e aos seus patrocinadores [...] que são capazes de responder às ações da Rússia [...]. Então eles estão tentando mostrar que também podem fazer alguma coisa", disse Putin durante uma reunião com autoridades locais.
Os militares ucranianos falharam em sua contraofensiva e, se esta continuar, a condição de Estado da Ucrânia poderá ser posta em causa, disse o presidente russo.
"Uma das principais tarefas de tais ataques é desviar a atenção da sua própria população e dos patrocinadores do completo fracasso da chamada contraofensiva. Completo e absoluto [fracasso]. Quanto a este processo de negociação, é uma tentativa de nos encorajar a abandonar os ganhos que obtivemos no último ano e meio. Mas isso é impossível, todos entendem que isso é impossível.[...] Se o que está acontecendo agora continuar, o que está acontecendo agora, e agora é bastante óbvio, não apenas a sua contraofensiva falhou, mas a iniciativa está nas mãos das Forças Armadas russas, se isto continuar, então o Estado ucraniano poderá sofrer um golpe irreparável e muito sério", disse Putin durante a reunião.
O líder russo também reiterou que Kiev rejeitou as negociações com Moscou e que "tudo teria acabado há muito tempo".
"Ao se recusarem a negociar, [porque] eles também se recusaram a negociar, [...] nós concordamos em tudo [...] e eles dizem diretamente, e se tivéssemos chegado a isso, tudo já teria terminado há muito tempo, há um ano e meio", disse Putin durante uma reunião com autoridades locais.
Ao recordar os passos dados pela Rússia na direção da construção de um acordo durante os primeiros meses após o lançamento da operação militar especial, Putin lembrou que o Reino Unido teve um papel determinante para o prosseguimento do processo.

"Eles disseram publicamente, o líder deste grupo de negociações [ucraniano], e ele também é líder do partido governante no parlamento, [a Suprema] Rada. Ele disse: 'Nós estávamos prontos e deixamos passar [a chance] já que veio o então premiê britânico, o senhor [Boris] Johnson e nos convenceu a não cumprir tais acordos.' São uns idiotas, não?", enfatizou Putin.

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