"Assim que a África do Sul apresentou a reclamação, constituímos uma comissão […] e, em breve, apresentaremos uma queixa contra Israel ao Tribunal Internacional de Justiça [TIJ] representando uma terceira denúncia", disse Dehghan aos jornalistas, citado pela agência Tasnim.
O vice-presidente acrescentou que o Irã não apresentou sua exigência de forma independente, pois isso "significaria reconhecer Israel como um Estado".
Nos dias 11 e 12 de janeiro, a CIJ realizou audiências sobre o processo da África do Sul contra Israel, acusado de violar a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza.
Sem previsão de término, crise humanitária se agrava
As operações militares israelenses no enclave palestino persistem desde 7 de outubro, quando o movimento Hamas coordenou um ataque que matou mais de 1,1 mil pessoas em Israel.
Em resposta, Tel Aviv declarou oficialmente guerra ao Hamas, iniciando bombardeios devastadores e operações militares terrestres, matando mais de 20 mil palestinos.
Após uma trégua de sete dias, mediada por Egito, Catar e EUA, os combates recomeçaram em 1º de dezembro.
Em outubro de 2023, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) chegou a aprovar uma resolução da Jordânia que pedia cessar-fogo imediato, mas foi rejeitada por Israel e pelos EUA. O embaixador israelense da organização chegou a dizer que ela não possuía legitimidade para interferir no conflito.
O enclave passa por uma grave crise humanitária, com dezenas de milhares de pessoas sem água potável e acesso à comida. Cerca de 85% da população de Gaza, 2,3 milhões de pessoas, tiveram de fugir de casa por culpa da guerra.