Um participante francês da operação militar especial russa, que lutou ao lado das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, deu uma entrevista à Sputnik sobre sua experiência.
Em resposta à questão se ele sabe algo sobre mercenários franceses pró-Kiev, François Mauld d'Aymée explicou que não tem nenhuma informação de que esses tenham sido prisioneiros, mas falou dos "mercenários canadenses francófonos".
"Em geral, eles pertencem aos círculos de nacionalistas radicais e veem aqui uma oportunidade de realizar um sonho patético de repetir os desafios da Grande Guerra pela Pátria [parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados]", explicou o oficial aposentado, que participou dos combates por Mariupol, e recebeu cidadania russa.
"Ou seja, eles são nazistas abertos, hitleristas, e terão liberdade para organizar o envio de novos combatentes a partir das instalações de treinamento que possuem em Paris e Lyon. Eles têm conexões com a CasaPound [movimento neonazista italiano], na Itália, e sua aparência será sempre de acordo com as linhas ideológicas do [batalhão ucraniano] Azov [organização nazista terrorista, proibida na Rússia]. Todos nós sabemos que não há nenhuma agenda ou ambição política séria aqui", apontou ele.
Em resumo, explicou, trata-se de "uma equipe de palhaços, esportistas, viciados em drogas, e alguns deles têm experiência de combate em campanhas no Afeganistão ou na África. Um número muito limitado deles luta, devido ao fato de falarem um nível muito básico de 'ucropeu' [derivado da expressão derrogatória para ucranianos] ou russo. Por isso, são mantidos em sua maioria na reserva. A maioria dos que estavam especificamente na linha de contato está ferida ou morta".
"Eles ainda representam uma ameaça para nós, mas são um material intelectual fraco, sem a capacidade de criar algum tipo de estruturas importantes e, em geral, não há crescimento visível nas fileiras do inimigo. É apenas bucha [de canhão], estúpida bucha, que deve morrer estupidamente. Conheço alguns deles pessoalmente e eles mal conseguem expressar qualquer opinião, mesmo em francês", concluiu d'Aymée.