Panorama internacional

Ministro questiona apoio de aliados europeus a Kiev e diz que Trump pode trazer 'pesadelo' à região

Caso Trump vença a eleição, pode "tirar os EUA da Europa" e isso "seria um pesadelo" para os Países Bálticos, de acordo com o ministro das Relações Exteriores da Lituânia.
Sputnik
Com as primárias em andamento nos Estados Unidos e os bons resultados que o ex-presidente, Donald Trump, tem conseguido, países europeus demonstram preocupação sobre se a parceria Europa-EUA continuará forte com a eventual volta do republicano.

"Se os EUA retirassem as suas forças da Europa, seria um cenário de pesadelo" com a operação russa na Ucrânia em curso, disse o chanceler da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, em uma entrevista à Bloomberg às margens do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

"A Europa tal como está agora está em grande perigo e estamos definitivamente a contar as horas até à próxima fase da escalada russa", afirmou Landsbergis acrescentando que a estabilidade global "depende da ligação transatlântica".
De acordo com a mídia, as autoridades europeias começam a temer que Washington possa cortar a assistência a Kiev e até tentar sair da OTAN em um regresso de Trump.
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Na visão do chanceler lituano, se a Ucrânia não conseguir conter a Rússia, "outros terão de fazer o trabalho", disse ele, sugerindo que a Moscou poderia a seguir atacar uma nação da OTAN.
"Todos na região estão se perguntando: então quem terá que fazer isso?", indagou.
Landsbergis também criticou os aliados que estão limitando o seu apoio a Kiev e argumentou que isso representaria o risco de uma escalada do conflito com uma potência nuclear. Esses argumentos são "muito difíceis de entender", disse ele.
Tais comentários deixam países como a Lituânia a questionar qual seria a resposta se a Rússia atacasse uma nação da OTAN, disse ele. "A questão seria: você está disposto a entrar em guerra nuclear por este ou aquele país?", questionou.
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Moscou já sinalizou várias vezes que começou sua operação na Ucrânia para "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho, ao mesmo tempo, pelo não cumprimento de regras acordadas anteriormente, como a não expansão da OTAN na região. A intenção não é ficar promovendo conflitos, mas sim salvaguardar suas fronteiras.
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