A presença de franceses armados na segunda maior cidade da Ucrânia gerou especulações sobre para quem eles estão trabalhando, disse Ritter, sublinhando que isso potencialmente expõe o envolvimento secreto da França no embate da OTAN com a Rússia.
De acordo com Ritter, alguns dos 80 "combatentes estrangeiros" mortos e feridos pelo ataque de alta precisão a um edifício em Carcóvia na última terça-feira (16) podem ter sido militares franceses da ativa.
"Pelo menos alguns desses indivíduos de língua francesa não eram mercenários, mas na verdade militares franceses em serviço, ou seja, militares que trabalharam para o governo francês, que estavam na Ucrânia a mando do seu governo. E agora estão mortos", disse Ritter.
"No passado, a Rússia não demonstrou qualquer hesitação em eliminar mercenários estrangeiros que lutam em nome dos militares ucranianos. Mas parecia haver algum tipo de clemência com consultores militares ou pessoal que pertence a países da OTAN presentes na Ucrânia."
Se algum desses combatentes não era só um mercenário, mas sim um militar francês, "isto mostra que a Rússia tomou a decisão de que todos na Ucrânia agora são alvos legítimos", acrescentou.
O especialista em assuntos militares sugeriu que isto pode significar que a Rússia está avançando para o fim da sua operação especial no país, na qual não fará qualquer distinção entre soldados ucranianos, mercenários estrangeiros ou membros das forças armadas da OTAN que operam em solo ucraniano.