Panorama internacional

Acesso dos EUA a bases da Dinamarca e plano para barrar navios russos terão resposta, diz embaixador

A Dinamarca deveria perceber que seus supostos planos para bloquear a passagem de petroleiros que transportam petróleo russo nos estreitos dinamarqueses violam o direito internacional, disse à Sputnik o embaixador russo na Dinamarca, Vladimir Barbin.
Sputnik
Em novembro de 2023, o jornal Financial Times noticiou, citando um porta-voz do comando de defesa dinamarquês, que a Copenhague será encarregada de inspecionar e, se achar que necessário, potencialmente bloquear embarcações com petróleo russo que passam pelas suas águas, seguindo novos planos da União Europeia.

"A Dinamarca, como grande potência marítima, está interessada na liberdade de navegação e no estrito cumprimento do direito internacional, especialmente a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982. O direito internacional não permite bloquear a passagem de navios, incluindo petroleiros que transportam petróleo russo através dos estreitos do Báltico utilizados para a navegação internacional ou realizando as suas inspeções sem motivos válidos, que também são regulamentados pelo direito internacional. A Rússia assume que Copenhague entende isso", disse Barbin em entrevista para a Sputnik.

Todo o petróleo russo transportado através do mar Báltico, cerca de 60% do total das exportações marítimas russas, atravessa o estreito dinamarquês no seu caminho para os mercados internacionais.
O volume do combustível russo que transita diariamente pelos estreitos é equivalente a cerca de 2 milhões de barris de petróleo bruto.
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Ainda em relação ao país escandinavo, o embaixador comentou sobre o recente acordo de defesa assinado entre os Estados Unidos e a Dinamarca sob o qual, a partir de dezembro passado, passou a ser permitida a presença de soldados e equipamentos militares norte-americanos baseados no país.

"Pela primeira vez, as Forças Armadas americanas terão a oportunidade de ter uma presença permanente em território dinamarquês, o que cria novos desafios para a segurança do nosso país na região do mar Báltico. Este é um caminho deliberado para maior degradação da situação político-militar na região sob os slogans de contenção e intimidação da Rússia. As ações hostis serão certamente levadas em conta no nosso planejamento militar. Tendo em conta uma avaliação abrangente da natureza das ameaças nesta direção, serão determinadas as medidas de resposta técnico-militar necessárias", disse o diplomata.

Anteriormente, os EUA e a Finlândia assinaram um acordo para reforçar a cooperação em defesa, com o objetivo de aumentar a cooperação militar e aumentar a eficácia da OTAN.
No início de dezembro, Washington assinou um acordo de cooperação em defesa com a Suécia. Segundo o documento, o acordo entrará em vigor antes e depois da adesão formal de Estocolmo à aliança atlântica.
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