De acordo com a Bloomberg, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán está pronto para preparar os seus legisladores para ratificar a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), depois da aprovação parlamentar da Turquia ter efetivamente deixado Budapeste como o único bloqueio ao alargamento da aliança.
Nesta quarta-feira (24), Orbán afirmou ter falado com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e que o governo húngaro apela ao зarlamento do país para ratificar a adesão da Suécia à aliança assim que possível. Após a aceitação por parte do parlamento turco, o único país que ainda não ratificou a adesão do Estado escandinavo é a Hungria.
Caída no esquecimento há mais de um ano no parlamento húngaro, a ratificação da adesão sueca seria o mesmo que uma "tabuleta de salvação" para a imagem de Orbán na União Europeia (UE).
Na terça-feira (23), o primeiro-ministro húngaro convidou o seu homólogo sueco, Ulf Kristersson, a Budapeste, horas antes de a assembleia turca ratificar a candidatura da Suécia. No passado, Orbán e seus ministros acusaram Estocolmo de minar as relações bilaterais húngaras ao criticar repetidamente a Hungria por um suposto retrocesso democrático.
O premiê húngaro tem enfrentado pressão renovada dos aliados ocidentais na OTAN e da UE para aprovar a candidatura da Suécia após a decisão da Turquia, com a ratificação de Ancara.
Segundo a apuração, embora Kristersson ainda não tenha comentado como pretende responder ao convite de Orbán, a sugestão de "negociação" da adesão da Suécia foi rejeitada por Estocolmo. O ministro das Relações Exteriores sueco, Tobias Billstrom, falando aos repórteres na terça-feira (23), disse que "não há razão para negociar" com Budapeste.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, e o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha estavam entre os que apelaram a Orbán para agir rapidamente sobre a questão.
Com a ampliação do bloco militar, o Ocidente espera melhorar sua capacidade de defesa no flanco oriental que já duplicou de comprimento após a admissão da Finlândia em abril de 2023.
Na penúltima semana de dezembro de 2023, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, comentou os recentes pactos assinados pela Finlândia, e disse que em resposta aos movimentos militares Moscou aumentaria seu contingente militar para 1,5 milhão. Mais de uma vez, a Rússia salientou que o retorno à lógica da Guerra Fria não é benéfico a ninguém.