O ministro da Mineração, Economia Azul e Assuntos Marítimos do Quênia, Salim Mvurya, afirmou que foram descobertas reservas em seis condados, o que representa "um dos marcos mais significativos" no setor de mineração do país:
"É oficial agora. Temos depósitos de coltan no país e queremos ver como podemos atrair investidores", declarou Mvurya.
Foram identificados 970 depósitos minerais em todo o país, de acordo com o ministro, que adiantou que laboratórios vão atuar nesses seis condados a fim de agilizar os testes dos minerais.
O raro mineral é utilizado na fabricação de baterias de carros elétricos, telefones celulares e outros dispositivos eletrônicos.
"Deixaremos nossas equipes realizarem a confirmação no terreno para que possamos começar a avaliar o valor econômico desse mineral específico", disse Mvurya.
A mineração representa menos de 1% do PIB queniano, mas tem potencial para contribuir com até 10%, de acordo com a Câmara Nacional de Comércio e Indústria do Quênia (KNCCI, na sigla em inglês).
O preço do coltan depende da quantidade de tântalo que contém. Um quilograma é vendido em média por US$ 48 (cerca de R$ 237), de acordo com a revista Forbes.
A República Democrática do Congo e Ruanda são os principais fornecedores mundiais de coltan. Somente o Congo detém mais de 70% das reservas mundiais desse mineral, que há décadas alimenta conflitos violentos no país, com milícias rivais que lutam pelo controle das minas desse e de outros minerais valiosos.